No dia 8 de novembro, 3 alunos do clube produziram, autonomamente, sabão natural, a partir de óleos usados, contribuindo, assim, para a redução de resíduos e, portanto, para a sustentabilidade ambiental.
Passado um mês, procedeu-se ao embalamento e o resultado foi este...
No âmbito do Projeto Rios e do Clube de Ciência Viva
No último dia 20 de novembro, alunos do 5º ano da Escola Básica de Palmeira (EBP) embarcaram, no âmbito do Projeto Rios, numa experiência de aula deslocada ao visitar o ribeiro do Pinheirinho, um afluente do rio Cávado. O projeto, que busca promover a participação social na conservação dos espaços fluviais, proporcionou aos estudantes a oportunidade de se envolverem na monitorização do ribeiro com o auxílio de cientistas e biólogos, da Casa da Ciência de Braga.
O principal objetivo da visita foi investigar a “saúde” do ribeiro do Pinheirinho, analisando fatores como as características físico-químicas da água, a presença de espécies vegetais e animais, e refletir sobre o impacto da poluição, incentivando o comprometimento dos alunos com a preservação do meio ambiente. Finalizada a atividade, os alunos elaboraram um relatório da mesma. Concluíram que, embora o ribeiro apresentasse algum nível de poluição, estava em melhor estado do que em junho, mês em que foi realizada a anterior monitorização por alunos do 8º ano.
Durante o percurso, os alunos também estiveram atentos às condições ambientais na zona envolvente do ribeiro, observando a existência de lixo e inferindo que o seu provável destino será o curso de água mais próximo, podendo depois chegar ao mar. Como parte do compromisso com o meio ambiente, os estudantes realizaram a recolha do lixo encontrado, que depois de separado, foi depositado nos ecopontos disponíveis na escola.
Algumas observações feitas pelos alunos revelaram uma compreensão mais profunda do ecossistema fluvial. O Martim destacou a diferença entre rio e ribeiro, enquanto o Guilherme enfatizou que os ribeiros, por serem menores, tendem a abrigar mais plantas que podem afetar os cursos de água, especialmente espécies invasoras, conforme observado pelo Francisco.
Um dos aspetos mais cativantes para os jovens foi a observação das "criaturas" à lupa digital. Lara expressou o seu fascínio, dizendo: "Aprendi que podemos identificar se a água está poluída através da presença, ou não, de certos animais". A Mariana acrescentou uma perspetiva interessante, observando que alguns animais suportam a poluição, enquanto outros não.
Esta experiência não apenas proporcionou aos alunos um entendimento prático das condições ambientais do ribeiro do Pinheirinho, mas também incentivou a reflexão sobre o impacto de suas ações no meio ambiente. Ao comparar as descobertas com a monitorização anterior, os alunos do 5º ano estão agora mais conscientes da importância da preservação e do papel que podem desempenhar na conservação dos recursos hídricos.
O Projeto Rios e o Clube de Ciência Viva - TraVivASus, ao envolver os alunos em atividades práticas e de pesquisa, demonstram ser iniciativas eficazes para promover a educação ambiental e instigar um senso de responsabilidade ambiental desde cedo. Esta experiência certamente deixará uma marca nos jovens estudantes, contribuindo para a formação de cidadãos comprometidos com a conservação do meio ambiente.
Foi com muito orgulho que a Diretora do Agrupamento e a professora Lúcia Dourado entregaram o prémio do “Jovens Repórteres para o ambiente” (JRA) ao Diogo e ao Guilherme, ambos alunos da turma B do 9.º ano da Escola Básica de Palmeira, em resultado do artigo “Cientistas revelam preocupante contaminação do ribeiro do Pinheirinho”, enviado em junho para o referido programa.
Reconhecendo o valor destes jovens e a importância do programa JRA, o Agrupamento de Escolas Sá de Miranda contribuiu equitativamente na oferta do prémio.
Recorda-se que o JRA é um programa internacional da Foundation for Environmental Education implementado em Portugal pela Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), que pretende contribuir para o treino do exercício de uma cidadania ativa e participativa, enfatizando a vertente do jornalismo ambiental.
